Numa cidade pequena no meio do nada, do nada, No alto de uma colina Um casa abandonada. Sem dono, sem cores, sem vida, Um dia se torna habitada. Uma velha, louca, mendiga, Sem eira nem beira, enjeitada. Faz ali sua moradia, Faz daquilo o seu lugar. Vive só, sem companhia, Mas agora tem um lar. A cidade não aceita! De onde veio esta andarilha? De quem será que ela foge? Quem será sua família? E assim, por onde ela passa, Sua aparência a condena. Bruxa Velha! Bruxa Velha! O povo a enxota sem pena! Mas a velha, que lhe importa? Não veio atrás de amizade. Calada, tudo suporta. Não clama por piedade. Segue a vida, se isola Lá no alto da colina. De dia ninguém lhe procura. De noite ninguém se aproxima. Bruxa Velha! Bruxa Velha! Que mora na casa assombrada. Chegar perto, ninguém ousa, Da colina amaldiçoada! Um dia bateu-lhe à porta Moça rica da cidade. Seus cabelos de um ouro Qual as jóias que usava. Filha de um homem tão rico, Para ela nada faltava. Mas veio ter com a velha, Em cada olho, u